#Teste de Miopia N°02 / STRANGER THINGS / UM COMEÇO MAIS HUMILDE DO QUE ME LEMBRAVA!

  

 STRANGER THINGS 


Ano: 2016

Distribuidora: Netflix

Criadores: Matt Duffer, Ross Duffer

Gênero: Ficção científica, terror, suspense, drama, adolescente

Episódios: 8

SINOPSE:

 Um garoto desaparece misteriosamente na pequena cidade de Hawkins, e logo após isso coisas esquisitas começam a acontecer na cidade junto do aparecimento de uma garotinha poderosa. Os amigos do garoto então decidem ir atrás de seu amigo desaparecido.

Olá:

  Olá, como estão? Bem? Eu sim, por que afinal daremos início a minha maratona pessoal de Stranger Things. Na verdade, não era minha intenção fazer um tipo de revisão de todas as temporadas, mas como eu precisava confirmar algo sobre meu ponto, na minha opinião da quarta temporada, eu resolvi revisitar. E digo que não foi uma ideia tão ruim foi divertido até, por assim dizer, estarei escrevendo todas as reviews assim que terminar de assistir. Não sairá na mesma hora (nem semana, só deus sabe quando), mas fica aí a informação.

  Bem, começo aqui avisando que essa é uma segunda revisitada na série, então como eu já havia assistido antes muitas das cenas que deveriam me impactar não tiveram o mesmo efeito, mas eu lembro exatamente do sentimento que tive na época (já deve servir né). Então ainda existe o mérito da série por me passar aquele sentimento, fora isso a série foi divertida e interessante de assistir, deu para pegar algumas coisinhas a mais. Com ''pegar'', não digo sobre referências da época nem nada, afinal, eu não nasci nessa época e isso é o que menos me interessa no seriado mesmo que existam fanáticos (saudosistas) para tal. 

  Devo avisar também que serei mais direto nessa review em comparação as da 2 e 3 temporadas pois essa temporada é a que menos me causou uma impressão a mais do que eu já teria dela, que é ''ser boa''. Além do mais como é a temporada mais simples e pé no chão que não ousa tanto quanto as demais ela não tem muito do que se falar, pois é uma a trama direta e simples (em comparação com as outras temporadas). 


Toquem os tambores então, pois agora iremos começar falando sobre o básico de Stranger Things logo a seguir:

 

Núcleos, ou melhor dizendo os "Arcos" do seriado:

  É interessante ver que já na primeira temporada começaria a fórmula do momento que deixa a criançada, inclusive eu, malucas. Ela não cansa e é interessante ao mesmo tempo, já que visa dosar e separar várias informações importantes para a trama principal só que separando elas em arcos distintos para cada grupo de personagem (mas tendo ligação com o problema central).

  Como assim? Não sabe? Então pega na minha mão que irei te falar, é basicamente: grupos de personagens agindo em um certo lugar ou momento na trama, separadamente com suas funções narrativas predefinidas por um problema relacionado a trama principal, onde sempre vai culminar no resultado decisivo (nem tanto) do final da temporada, de certa forma. Então seria de forma resumida: cada grupo de personagem fazendo algo em algum lugar relacionado a trama principal e todos se juntam no final (ou em algum momento), trazendo ou não uma informação importante para outro núcleo, ou ajudando de forma efetiva na resolução. De certa forma todos os núcleos são carismáticos e tem sua importância.

  É bom ver como essa fórmula começa de forma simples, direta, algo que não veremos de fato mais tanto assim já que a gama de personagens aumentou de forma gritante e é quase impossível definir algo legal para todos fazerem sem alguém ficar de fora (infelizmente).

Comecemos então aos arcos. Vão se surpreender ao ver que existe ‘'arcos’’ pequenos e inúteis também, são as problemáticas irrelevantes, vou falar deles depois.

 

Arco: Onze, a Garota fugitiva e busca pelo Will:

   Esse é o arco das crianças atrás do amigo, vendo uma oportunidade em sua frente eles decidem buscar seu amigo desaparecido enquanto reforçam suas relações com a garota psíquica. Essa incrível  oportunidade aparece após eles perceberem que ela podia se comunicar com Will, e que existe um portal para acha-lo do ''outro lado''. De fundo disso tudo temos basicamente os bullies dos garotos, junto das lembranças da Onze, que usam de base seus experimentos como justificativos para ela saber fazer algo que ajude a trama (também criar o problema atual). Esse arco basicamente também é a parte lógica dessa primeira temporada, usando D&D como referência para o mundo invertido e explicando o que está acontecendo.

 E usando os garotos como as orelhas das explicações do professor, que os ajudam quando precisam de alguma resposta lógica para algo que não sabem. Tanto para eles quanto para os telespectadores. Usando de exemplo quando o professor fala do acrobata e a formiga para ser um paralelo com o mundo invertido, como detectar ou criar um portal e como criar uma banheira de bloqueio sensorial, por aí vai. O professor é o cara das informações para o telespectador. Diria sobre o aparelho de rádio que ele tem na escola, mais aí talvez eu forçasse demais, por mais que seja um objeto anunciado antes, mas só usado depois na trama (também seria forçar demais) mas de certa forma é o que torna seu uso interessante. Mas um adendo sobre isso, mesmo que o rádio possua uma necessidade de ser grande nessa temporada, acaba que eles encontram outra forma de comunicação para tal, também vejo que em outras temporadas ela usa um rádio pequeno com mais facilidade que nessa temporada para se comunicar (espiar), pode ser, que por querer se comunicar com alguém do mundo invertido. Mas isso é apenas eu achando uma explicação já que o seriado não liga para isso. O que eu quero dizer é: ela tem necessidade de um rádio maior para espiar e se comunicar melhor, mas em outras temporadas não, (no caso na terceira), ela só tem esse necessidade quando a pessoa com quem ela tem que se comunicar está no mundo invertido? ou depende da distância? (4 temporada, ela entra no sonho e no mundo invertido onde Steve e os outros estão, ela acha eles no mundo invertido) bem, vou acreditar que sim, ela abre o portal (mexendo no demongorgon) e se comunica com o Will assim, tanto faz. Só sei que o rádio grande foi uma coisa bem usada (no mérito de ser citado antes), mas descartada como necessidade e algo importante.

  Deixando de lado as referências já repetidas milhões de vezes e que já estão cansados de ouvir, também é o arco que apresenta basicamente o Deus Ex Machina do seriado, define daqui para frente a função da onze em relação aos garotos do seriado "Proteger as princesas ", ''enquanto ela mata o monstro da temporada", por mais que essa fórmula tenha sido quase desfeita (ou refeita) de forma interessante na quarta temporada, ainda existe de certa forma. Enquanto os garotos investigam ou procuram o portal a Onze os ''protege'', mesmo que não indo efetivamente para o portal.

  Fora isso temos nesse núcleo a aproximação de Mike com a Onze, relação essa que definiria seu futuro no seriado (para o mal), antes disso ele tinha uma relação até de liderança em relação aos demais garotos nos primeiros episódios. A implicância de Lucas com a Onze, se o Mike a ama e aceita tudo dela, o Dustin só aceita ela mesmo que a ache estranha, o Lucas é o cara que questiona tudo. Não de forma legal, sendo logicamente aceitável, é logicamente aceitável (ele desconfiar), só que é irritante demais, sua função foi resumida basicamente a implicar com a personagem por ciúmes da amizade dela com o Mike,, dizer que o Lucas é o "melhor amigo " do Mike afinal (mesmo que não pareça, e eles não demonstrarem tal relação mais, nem nessa eles demonstram). Entendo a importância disso, pois os personagens apenas aceitarem tudo com uma estranha que conheceram a alguns dias é complicado, ainda mais que ela não fala, e diz que está sendo perseguida,  a ideia de Lucas de comunicar aos pais não é errado, mesmo com os poderes a mostra ainda existe uma desconfiança sobre a situação. O tempo de tela dos personagens afetou essa necessidade de uma forma irritante, tanto que as vezes que ele implica pode não ou ser justificáveis, já que quando ela afeta a bússola ela mesma diz que está fazendo isso para proteger eles, mas eles só focam no fato dela ter impedido eles.

    Mas por que o tempo de tela? Vejamos, São 8 episódios de 1 hora quase, na Netflix, preciso dizer mais? Tudo ocorre rápido nos seriados, por conta desse limitado tempo de tela e episódios na plataforma, de primeira vez não notei nada que afetasse a trama, mas agora reconheci isso no Lucas, tanto que após essa necessidade de questionar sumir, o personagem fica para escanteio em relação ao Dustin, (diria até que acabou o tempo dele agora era do Dustin). O tempo de tela afeta a lógica que devia ser feita de forma progressiva. O Dustin a partir do episódio 06 com a cena do penhasco dele chamando a Onze de louca,  demonstrou uma personalidade interessante e carismática, ele é barulhento apressado, medroso, faz referências (com nível de desconfiança elevado) e tem conclusões inteligentes sobre as coisas (isso acontece antes desse episódio), mas que a partir daí veríamos que ele toma a iniciativa das descobertas (cena dele ligando para o professor, as bússolas, o pudim...tá bom, aqui eu forcei hahaha). Sendo o garoto mais útil do grupo, tanto que eu diria que ele roubou o lugar do Mike e Lucas nessa reta final. O Will ainda não mostrou interação frequente com o grupo então não sabemos.

  Em resumo é um arco legal, um frescor em relação aos demais arcos que são mais sérios, as crianças ajudam a aliviar as situações com suas visões bobas e imaginária das coisas. Os garotos são carismáticos e divertidos (principalmente o Dustin), a relação do Mike com a Onze é fofa o suficiente, Palmas a essa galerinha que investiga tudo de forma mais eficiente que os adultos, já que não possuem o bloqueio de ceticismo ainda. Ajudam a criar uma ideia do que é o mundo invertido e a criar uma tensão sobre tal. O arco serve para apresentação do grupo dos garoto, se comunicar com o Will, saber como trazer ele de volta e finalizar o monstro no final.

É um arco Eficiente só erra na parte do Lucas apenas.


Arco: busca pela barbara, procurando o monstro:

  A garota ''nerd mimada'', o ''esquisito antissocial'' das fotos, uns babacas de fundo e uma garota desaparecida (também).

  É o núcleo de descoberta da fraqueza do monstro (mas que só seria citado novamente na 4 temporada, então não é tão relevante assim) e atraso dele. Inicialmente sendo usado para Nancy procurar sua amiga bárbara, mas como sabemos por consequência no final (de forma mental) será usado para assombrar a personagem e trazer mais letalidade ao monstro (na narrativa) ao matar alguém "importante" para a personagem. Não nessa temporada de forma efetiva, mas podemos ver que marcou a personagem este fato.

  De fundo temos o dilema pessoal da Nancy com seu namorado Steve, e suas babaquices junto de seus amigos, com ela "questionando" suas escolhas de namorado por não querer um futuro parecido de sua mãe, vendo o quão ridículos eles são. Ela desaprova seus pais, mas age como tal, ela busca a popularidade de certa forma sendo influenciada por eles, acaba se tornando egoísta e chata. Esse fato é jogado em sua cara na cena onde o Jonathan diz a verdade sobre ela na floresta (é uma cena onde minhas reações iniciais de adolescente foi "WOOOOOOW FALA PARA ELA JONATHAN AMASSA ESSA CHATA "). O Jonathan está presente como parceiro romântico indeciso da Nancy de certa forma (usado como maneira do público torcer e ficar triste após o não firmamento desse casal), sua introdução a personagem (de forma direta, sem ser quando ela dá os pêsames e ele age de forma retraída) é esquisita, mesmo com sua justificativa de entender mais as pessoas quando tira foto delas. A relação dos dois é ligada pelo seu ato de esquisitice ao tirar foto do monstro sem querer.

   O roteiro tem uma certa necessidade de sempre ressaltar por meio da Nancy ou o próprio Jonathan, que o Jonathan é o esquisito da escola, ou algo assim. Não temos tempo para ver eles na escola nem uma situação onde ele é mostrado como uma pessoa que se difere dos demais em comportamento, por isso existe essa necessidade de usarem a Nancy, o próprio Jonathan ou os babacas amigos do Steve para ressaltar essa peculiaridade do personagem, de certa forma ele é o esquisito, sua forma de andar quer demonstrar isso. Única coisa é sua forma de se comportar dos demais, não dá para saber com quem ele é retraído ou não, também no caso da Nancy, eles usam a Barbara ou o Dustin dizendo que ela já foi mais legal, para ressaltar a mudança dela como pessoa em diálogos menores. Não é ineficiente, ambos são eficientemente usados, a informação nos diz que a personagem nem sempre foi assim e tudo bem, afinal não é uma situação onde precisamos ver sua queda como pessoa. Mas sim uma subida dela em seu caráter heroico escondido (ainda mais se a série possui uma necessidade de ser rápida), o mesmo vale para o Jonathan, esses apontamentos sobre ele definem a imagem que temos dele querendo ou não, se ele diz ser o esquisitão e ele estar com a Nancy é uma situação quase impossível tudo que posso fazer é acreditar. Tem uma mulher dizendo que o Jonathan estava apaixonado pela Nancy para ele ter entrado em uma briga por ela assim, mas pelo que eu lembre brigou bateu por que o Steve ofendeu sua família, a mulher não deve saber mas, diálogo bem bobo.

  Em paralelo a caça ao monstro temos Steve, um Personagem feito para ser odiado, mas não tanto quanto seus amigos, já que o mesmo ainda possui traços de decência para mudar, no final ele vai em busca de reconciliação com Jonathan, e também ajuda a Nancy e Jonathan na luta final.

  No final eles servem como ajuda ao núcleo de Joyce com Hopper no mundo invertido, pois, o arco deles mesmo que inicialmente fosse uma busca pela barbara se tornou uma caça aos monstros, eles compraram equipamentos (forma boa de dar utilidade para eles). Assim sendo, eles ajudam esse núcleo ao atrair o monstro para eles, e o ferir (desviar sua atenção), enquanto Joyce e Hopper salvam o Will. No final Nancy parece pensativa sobre a barbara e sua situação atual, veremos um drama sobre isso no futuro?

  É um arco Eficiente, não tenho nenhuma ressalva pois eles cumprem muito bem um papel específico aqui, caçar o monstro. Além de trazer dilemas morais para a personagem da Nancy, que inicialmente como pensado por muitos era só uma menina chata (adolescente) e virou a garota maneira, que busca preocupada sua amiga enquanto percebe o quão mesquinho eram os garotos populares, andando com o esquisito (você deve ter visto isso em outros lugares). No final eles terem atrasado o monstro dá espaço para Hopper e Joyce além de definir a fraqueza do demogorgon (mesmo que isso não fosse dito de forma direta por algum personagem além da temporada mais recente). O romance entre Jonathan e Nancy era algo muito esperado por mim não vou mentir, mesmo que hoje em dia eu goste demais do Steve, ainda sim torci para ambos na época. Minha visão do Steve atual não mudou o que eu esperava na época. A narrativa quer isso, além de que o Steven...merece coisa melhor (não me matem). Me perdoem, ressalva antes de tudo, a morte da Barbara é tão rápida que eu me pergunto por que me importei com ela antigamente, eu sei que ela é eficiente para sua função, mas foi tão rápido que me surpreendi, na verdade tudo que eu achava incrível se mostrou rápido demais ao rever, é só um apontamento.


Arco: mãe psicótica das luzes e o policial da ação:

  Joyce Byers, se existe uma mulher de mais fé que ela eu desconheço, Hopper, se existe um policial mais maneiro que ele eu desconheço também. O arco serve basicamente para comunicação do Will com as gambiarras malucas da Mãe, para existir uma necessidade de busca por parte de sua família e em saber que ele está vivo, também da investigação sobre conspiração do governo por parte do Hopper sobre o acobertamento do sumiço do Will, junto da descoberta do portal (localização). Ele mostra como surgiu a Onze e como e a localização de sua mãe.

  Esse arco é efetivamente afetado pelo arco das crianças e pelo arco das caças aos monstros, já que sem eles, eles não saberiam que deviam entrar no portal e o monstro teria os matado no mundo invertido você querendo ou não, já que não sabiam a fraqueza dele ainda.

O arco do início da parceria eterna de Joyce e Hopper (eterno até virar romance). Esse arco trás por boa parte o ceticismo das pessoas (próximas a ela, o que já serve de certa forma) e a esperança de trazer o filho de volta, enquanto tudo vai sendo desmascarado pela Joyce, que se comunica por meio das luzes com seu filho, todavia todos desacreditam que ele ainda está vivo. Um belo trabalho de decifrar como se comunicar com seu filho aliás, sendo reutilizado na quarta temporada, um conceito bastante interessante, o Hopper está aí para ser a pessoa da ação, que vai de cara contra todos para descobrir as coisas, descobrindo sobre os experimentos, corpo falso do Will e onde está o portal. Só me pergunto, se mataram o amigo dele que era da lanchonete por que não o mataram também? Por que só botaram escuta em sua casa, e só? Seria por que sumir com um policial é mais suspeito? Fica aí a pergunta, pois ele viu o portal e invadiu o laboratório mas só decidem vigiar ele?

  De verdade mesmo, não sinto a necessidade de ressaltar nada sobre esse núcleo em particular, ele é eficiente, interessante e instigante. Além de trazer uma boa parte de tensão, pois o monstro aparece nesse núcleo diversas vezes e ainda existe um medo pelo desconhecido inerente aqui, ele atravessando a parede, a garotinha quase sendo pega ao seguir as luzes, o público deve estar tão debilitado quanto a mente dessa mãe, a habilidade de decifrar enigmas dela me assusta ainda hoje, usar luzes e o abc na parede para se comunicar. O Hopper é um ótimo personagem, no começo ele não parecia ser nada demais, até era meio desinteressado em sua primeira aparição, mas com a revelação do seu passado mais sua ação efetiva nas descobertas importantes do arco ele se tornou um dos melhores. É um arco Eficiente não erra em nada. Se tem algo que é evidente desde agora é esse casal não consolidado ainda. Engraçado que o arco mais interessante é aquele que eu tenho menos coisa para falar.


Momento juntinhos:

 Aqui vai estrear o momento ''Juntinhos'', momento esse onde os personagens da série se reúnem para dar continuidade ao final da série, é mais ou menos uma pausa padrão que se seguiu por mais ou menos 3 temporadas, onde eles irão decidir o que fazer para a resolução da trama. Nessa temporada todos se reúnem para se comunicar com o Will e descobrir se ele e Barbara estão vivos, de quebra os garotos acabam dando a informação para que Hopper e Joyce saibam onde tem que ir para achar o Will, ''no portal''. Devo dizer que este momento possui um ápice, mas não é aqui, esse momento é bem simples, mesmo que estejam contra a parede como o momento que considero o ápice, pois a próxima será mais criativa e mais dinâmica do que está, essa é mais parada e séria, sendo mais simples pois só tem o foco na comunicação e ao criar a banheira (também tem a execução da cena que é lenta e nenhum pouco dinâmica) não que isso seja ruim, mas o sentimento da cena é o que conta. 

 Mas, esse momento mais sério nos traz a chocante informação de que Will ainda está vivo e que Barbara está morta, só posso usar o sentimento que senti na época como parâmetro, pois agora não senti o mesmo peso, até por sentir que ela morreu muito rápido e eu nem saber o por que me senti mal antes (eu já sabia afinal). Lembro de ter ficado chocado com essa informação, o momento não seria trabalhado ainda mas veríamos o que a Nancy sente sobre isso apenas na próxima temporada.


  No final, os arcos podem ser definidos de uma forma, não ao pé da letra apenas para tentar encontrar um padrão em suas funções ou gêneros:

Arco dos garotos: Infantil, comédia para descontrair. Aflorando a amizade e para sempre amigos;

Arco da Nancy e Jonathan: Romântico, adolescente, teen. Adolescentes descobrindo o que é importante e moldando seus caráter;

 Arco Joyce e Hopper: Ação, drama, mistério e talvez terror. Desconhecido, conspiração e descoberta. redime o passado do Hopper e dá a uma mãe desesperada seu filho, também larga seu ex-marido ruim:

como eles se afetam é simples:

1- Arco da Onze: estabelece como surgiu o portal, que se deve entrar nele para achar o Will, define uma necessidade de saber se Will está vivo e acaba com o monstro;

2- Arco do Jonathan e Nancy: Caça a segunda desaparecida, atrasa o monstro para o Hopper e a Joyce.

3- Arco da Joyce e Hopper: Se comunica com o Will, estabelece a necessidade dos adultos procurarem ele, descobre as tramoias do governo, descobrem mais sobre a Onze e resgatam ele:

com o 1 ajudando o 3 ao dizer onde ele está e se está vivo, onde devem ir, e matando o monstro depois do 2 desviar a atenção do monstro do 3 para o 1

No geral, eles estão separados, se juntam, definem um plano e se separam novamente. Esse agrupamento deles aqui não é tão incrível como veremos nas outras partes, mas pode se dizer que seria um tipo de padrão, ao menos nesse juntinhos vemos que Joyce reconforta a Onze de uma maneira maternal, o que pode justificar os abraços futuros das duas (ou sua relação próxima que não vemos tanto em tela para justificar tal).

Se eu tivesse que resumir a progressão de tudo em um diagrama de fórmula seria assim:


Problemáticas irrelevantes, babacas da temporada. O grau de babaquice do Steve em comparação aos demais:


   A temporada abre margem para uma outra formulaica do seriado ''os babacas da temporada''. Nessa temporada temos dois núcleos com seus babacas pessoais, o do arco dos garotos, com seus bullies pessoais por serem "nerds", e do arco da Nancy com grupo do Steve, dessa vez você pode até facilmente rotular Steve como o babaca da temporada, mas o personagem nessa segunda revisitada não pareceu raso como eu me lembrava na primeira vez que vi esse seriado, eu sei que posso estar sendo afetado pela minha memória afetiva do que o personagem irá se tornar futuramente, mas não estou dizendo que ele é santo, só que em comparação com seus amigos ele possui traços de sanidade nenhum pouco estereotipados como seus amigos ou os bullies dos garotos. Ele em toda sua trajetória possui certa influência por seus amigos, sua raiva pelo Jonathan aparece por ciúmes da Nancy, suas ações infundadas ainda sim são logicamente plausíveis (não que estão certas, calma) para ele, ele se deixa levar pela babaquice dos demais. Ele só se preocupa com ele mesmo, age de forma babaca com o Jonathan quebrando sua câmera por ter tirado fotos esquisitas da Nancy (injustificável de ambos), mas em ambas as situações ele reflete sobre o que fez após perceber o afastamento de Nancy e levar um cacete do Jonathan após falar mal de sua família. De certa forma ele possui traços de um personagem que cresce, tem um desenvolvimento, questiona suas ações e não é tão babaca em comparação de seus amigos figurantes que são só os babacas em todas as cenas que aparecem. Sério mesmo, na cena da aparição de Jonathan onde seu amigo diz algo idiota sobre o Jonathan, enquanto ele cola cartaz ele diz "para de ser babaca", ou quando ele está indo ver a Nancy e encontra ela com o Jonathan, os amigos o zoam por estar gostando dela...? Suas ações babacas são relacionadas a sua preocupação com Nancy serem destruídas por uma ideia infundada sobre ela (traição), ao contrário dos seus amigos que só agem como idiotas todo o tempo, assim como o Bullies dos garotos, que só aparecem para chamar uma pessoa falecida de "viado" e caçoar da aparência físicas deles.

 Ainda sim percebe-se a falta de compaixão do mesmo ao só ligar para ele mesmo ser pego pelos pais e não ligar para o que a Nancy estava sentindo em relação a sua amiga. Percebe-se a diferença de abordagem de ambos aqui, não é certo dizer se era o objetivo dos escritores tornar o Steve importante para a série, mas foi o que aconteceu, e sua trajetória levou a isso. Ele limpa as placas, vai pedir desculpas ao Jonathan, salva eles, e da uma nova câmera só que sem entregar diretamente.

  Temos aqui dois babacas, o grupo do Steve e os Bullies dos garotos, ambos de certa forma trazem uma consequência direta na narrativa, Steve ao tentar se redimir com Jonathan, salva Nancy e Jonathan ao não desistir de fugir, os Bullies dos garotos são atacados pela Onze causando a reconciliação de ambos, e faz com que Hopper tenha a informação de quem estava com a Onze para achar eles. Os dois são efetivos (de certa forma) ao contrário dos amigos do Steve que são só estereotipados como os bullies dos garotos, não servem para mais nada, do grupo apenas Steve se salva.


Will gay:

  Aqui entra mais uma saga de descoberta, eu vi a temporada atual e nunca percebi nenhuma pista de que o Will poderia ser gay, mas não existia nenhuma pista ou eu só não lembrava? Nessa temporada temos muitas cenas onde os bullies caçoam da sexualidade do Will, isso pode ser só coisa de zoação da época (quando era ofensa ser considerado gay), a mãe de Will no primeiro episódio diz que alguém dizia que Will era gay pois ele era sensível demais (reveja o ep p1) mas essa segunda não levo em consideração pois eu devia ser um então.

  Isso foi uma preparação ou algo que eles decidiram com o tempo ou por conta dos fãs? Nessa temporada eu diria que a sua possível sexualidade é usado como forma de ofensa ao contrário de dúvida.

  Por enquanto não parece ser algo que os criadores quisessem introduzir de fato no seriado. Também não estou dizendo que ser gay é uma ofensa, mas de certa forma o usam demais dessa forma nessa primeira temporada por parte dos bullies, não é caçoar ele por ser gay, é caçoar ele como se atingir sua sexualidade hetéro fosse algo. Ao decorrer das temporadas vou revisitar essas dúvidas dizendo se teve possíveis pistas.


 O monstro nenhum pouco perceptível, as luzes estratégicas e o clima criado com essas duas coisas:  

     

  Nessa temporada temos muita tensão, muito mais que as demais temporadas eu diria, que a tensão e o medo se fazem bastante mais presentes nela, isso é óbvio. Só que eu parei e percebi uma coisa, o CGI desse demogorgon não era dos melhores nesse tempo, não é? CGI não também, na verdade é uma roupa que teve retoques gráficos muito provavelmente.

 Na primeira vez que assisti pensei que o uso de luzes piscando, o tema escuro, fossem uma estratégia para o medo, mas começo a pensar que seja por falta de um CGI melhor (orçamento), revejam a cena  do penhasco, ou percebam o uso simples da Onze para seus poderes, são menos extravagantes que nas outras (leve em conta também a irmã da Onze na segunda temporada). Todavia não quero dizer que não funcione para causar medo, só que revendo percebi uma estranha necessidade do monstro aparecer sempre em lugares escuros, tela piscando, com planos e cortes de cenas onde não mostram direito o monstro, sendo minuciosamente mostrados em segundos ínfimos da cena. 



 Se levar em conta no último episódio, no momento onde ele aparece na escola, o cenário realmente está piscando, mas o que está piscando é o fundo do personagem com com a luz apenas apagando em seu rosto, pensei que isso devia ser por querer dar um foco em seu rosto, mas quando o dermongorgon aparece a tela pisca ao ponto de ficar tudo realmente escuro, não é edição minha, coloquei tudo em câmera  lenta e é o que acontece realmente.




 Ele é sempre cortado de forma abrupta da cena, o doutor Brenner é atacado de costas em uma perspectiva que não favorece nossa visão sobre ele, suas cenas são cortadas rápidas. 

 Temos uma visão melhor dele na cena final onde a onze o vaporiza, mas ainda sim no restante essa impressão reaparece. Para se ter uma ideia para mim tirar print da cena do Steve com o taco e ter um frame realmente bom, demorou muito, pois ao adentrar a cena pude perceber que ela como um todo é realmente tela preta com foco em certas partes do demongorgon com apenas uma cena do Steve atacando diretamente de forma visível, que foi o momento que ele gira o bastão, mas mesmo assim quando ele ataca diretamente fica tão apagado que nem vale a penas usar a imagem (sem ser editada).

  Mas o que veio por uma estranha necessidade de esconder (talvez, é só especulação) funcionou para criar um clima ideal para o seriado, pois esses momentos onde ele aparece são assustadores e conflitantes, chegando a criar uma importância maior para esse monstro que logo não teria mais nas próximas temporadas em quesito de medo do desconhecido. Um monstro que não aparece direito e quando aparece causa curto nas luzes a sua volta, um conceito bom, ainda mais no escuro, um tipo de coisa que veio super a calhar.

  Você deve ter tido medo por essa criança nessa cena. então de forma direta é para isso que o demongorgon serve e é usado aqui, para o medo, o que (talvez) era uma limitação virou uma oportunidade, apenas.


Melhores cenas:

 

Cena do penhasco:


  A cena bonitinha, satisfatória. de primeira vez lembro de até achar que ele realmente morreria ali, os escritores ainda fizeram questão de colocar uma cena onde Hopper específica que se alguém caísse dessa altura na água, era morte na certa. Ainda temos o Dustin ameaçando os bullies chamando a Onze de louca (ainda tem essa, os garotos achavam que ela tinha saído do manicômio então falavam que ela era louca, é bem engracado), a partir dessa cena icônica inclusive nasceu a personalidade do Dustin. É a Finalização dos bullies chatos.

 É um momento interessante pois toda a implicância dos bullies até agora resultou nesse momento, onde por consequência veríamos o bullie aparecer na frente de Hopper para falar sobre a Onze.

 

Onze levantando o carro:

Não tenho muito o que falar é a Onze levantando o carro...e isso é maneiro.

 

A luta na casa com o Demogorgon:

 Quem não vibrou nessa cena mentiu, uma casa cheia de armadilhas com um plano infalível, cada /*personagem tendo sua função ali na luta mesmo que pequenas, tudo 8/7concretizado com a maior redenção dos animes, Steve quase se tornou um personagem deplorável de verdade mas ele voltou. Essa luta, essa malemolência com o bastão me fascinaram na época (não interpretem errado). Mas também não se enganem com esse print, eu editei ele para que fosse possível ver os personagens já que o seriado é apagado demais.

 

Hopper na floresta paralelo com sua filha, encontro do Will:

  Uma cena foda, ao mesmo tempo que acontece o resgaste do Will temos vislumbres do passado do Hopper com sua filha. As cenas fazem paralelos da situação atual com sua filha no passado, nós mostrando mais sobre seu passado e como salvar o Will é importante para o Personagem como pai. Ela tem uma função muito boa de apresentar de forma rápida e emocionante o passado dele ao mesmo tempo que temos o tão bendito resgate. Essa cena de fundo temos tocando no final "Moby - When It's Cole I'd Like To Die", icônica em meu coração, só a conheci de fato após assistir Sopranos, percebi o uso dela na quarta temporada também, será um uso recorrente. Bem, pelo menos aqui usam em uma cena boa (ao contrário da quarta temporada).


Estilingue placebo e a despedida da Onze:


 Quando vi a cena do estilingue fiquei surpreso, Lucas teria feito algum dano no demongorgon? claro que não, era apenas a Onze que veio dar seu último suspiro antes de desaparecer nas cinzas do demongorgon. Na época vibrei e fiquei triste, eu era inocente e acreditava em mortes em seriados que fazem sucesso.

Final:

  Temos um final não tão feliz assim, Jonathan não está com Nancy como pensavámos que estaria e Nancy não parece tão feliz assim com o resultado das coisas mesmo que esteja feliz com a volta de Will, só que está sem o Jonathan também decidindo ficar com o Steve. 

  Onze sumiu, mas temos um gancho onde Hopper coloca comida e Waffles em uma caixa na floresta para ela talvez? (ela ama Waffles) e Will vomita uma larva de um demogorgon e se vê no mundo invertido? Seria uma continuação do seriado? Onze está viva? Sabemos que sim! mesmo que naquela época pudesse ser apenas uma pequena esperança, apenas esses dois ganchos simples era o que dava margem para mais coisas da série caso ela tivesse o sucesso merecido, e como estamos anos luz dessa dúvida sabemos que ela teve o sucesso merecido.


Melhores personagens (segundo o que eles mostraram nessa temporada):

1- Joyce: 

  Sendo a mais maluca dependendo do seu ponto de vista, ela expressou uma tremenda importância para grande parte do ceticismo da obra, sendo a que mais tentou ter seu filho de volta e esteve mente aberta para tudo (ou em negação depende se você vive em uma ficção ou não).


2 - Hopper: 

  Um grande policial, isso não temos dúvidas, mesmo que na sua cena inicial ele pudesse parecer meio desleixado, ele se mostrou muito útil e perspicaz ao perceber as tramoias do governo. Sendo o homem que mais ajudou a Joyce quando ela necessitou e foi atrás da verdade.


3 - Jonathan: 

  Bem esquisito (é o que dizem), pelo menos a cara dele e sua mania de tirar foto de pessoas se trocando. Mas mesmo assim demonstrou grande preocupação com seu irmão e empenhou um grande papel na derrocada do demongorgon. Tem uma certa raiva de seu pai (o que tanto faz nunca mais será usado). Sua família parece ser mal falada pelos seus colegas, mas não sei o motivo, pobreza? talvez.


4 - Nancy: 

  De uma menina mesquinha (é o que dizem também) de apenas alguns minutos (ela é corrompida e muda tão rápido que me impressiona) a uma garota legal que segura uma arma, caça bicho e a amiga. O que posso dizer, uma boa mudança. uma boa personagem.


5 - Mike: 

  Ele é agradável funcional, parecendo o principal dos garotos (está sempre no meio deles nos posters era o que devia ser na verdad) e tendo uma relação relaxante com a onze (o que no futuro se tornaria uma obsessão maluca dos escritores para com o personagem) mas por enquanto é fofo.


6 - Dustin:

  Comilão (meio bobo) no começo, mestres das bussolas no segundo, mestre das iniciativas e descobertas no final. Um personagem barulhento que reage de forma totalmente agitada para o perigo, apenas o pequeno vislumbre do que ele poderia se tornar um dia (um maluco). Só está abaixo do Mike, pois, se eu levasse o Dustin em conta o Mike ficaria abaixo em todas as temporadas, então ao menos dessa vez deixe o Mike brilhar pois será a primeira e última.


7 - Onze:

Calada, fofa, repete tudo que falam para ela que nem um papagaio, mas ainda sim é uma presença confortável e inocente nessa primeira temporada. Sendo bastante forte expressa um papel decisivo (além de ter começado os problemas de tudo) em todas as temporadas. Mas só a coloquei aqui por que quero mais do que apenas ação decisiva, é mais sobre trabalhar a personagem e seu carisma.

8 - Steve: 

  Teve seu mérito nas ações finais, mas tivemos muito pouco dele como personagem mesmo que ele tenha sido uma surpresa agradável com sua redenção. Quem sabe uma interação não diga mais sobre sua pessoa.


9 - Barbara:


  Amiga da Nancy, se preocupa com sua amiga, é boazinha (ao que parece) e some. De verdade para mim ter me importado tanto com ela na época eu esperava muito mais de sua pessoa, mas ela é só uma desculpa para o personagem da Nancy agir, ela não é horrível nem nada, mas ela some mais rápido que eu esperava, quase sendo imperceptível como personagem na minha segunda revisitada. (não sei se entenderam mas ela morre enquanto a Nancy transa e ela pede socorro por ela, por isso a piada, desculpa não farei mais).


 Piores personagens: não sendo de personagens horríveis de verdade, mas também de caráter.


1 - Lucas:

Irritante e chato, implica demais com a Onze fazendo soar pouco natural.


2 - Dr. Brenner: 

é bem persuasivo e parece calmo, mesmo que seja um maluco que usa crianças como cobaias e faz lavagem cerebral em pessoas.


3- Amigos do Steve e os Bullies dos garotos:



 São um bando de chatos que só enchem o saco o seriado inteiro, só servem para implicar, o esteriotípo de implicadores escolares americano. E funcionam para tal, você que esganar eles.

4 - Lonnie:

 Um cara interesseiro que abandonou sua família e voltou apenas pelo dinheiro que poderia conseguir, uma pessoa ruim e que nunca mais vai ser citado nesse seriado.


Bastante útil:

 Scott Clark, é um personagem que é unicamente uma ferramenta de roteiro para trazer informações úteis e precisas para o que os personagens precisam, servindo de ajuda para a descoberta da localização do portal (como localizar), explicação para o mundo invertido e como criar um tanque de privação sensorial caseira. Não existe muito a se falar sobre ele além disso, ele possui uma aparência carismática e amigável, mas quando ele está presente todos os outros personagens são apenas orelhas e ele é o professor.


Não foi mostrado nada dele:

 
 Ele é o objetivo a ser alcançado, por isso não é nada além de uma presença não material.

Tá ai né:

 os pais do Mike e Nancy, mais os policiais colegas do Hopper (que eu não me dei ao trabalho de tirar print), bem, eles estão ai né. Estão.

Considerações finais


Prós:

   É um começo bem carismático e instigante, tem certa dose de tensão e terror por parte do uso estratégico de luzes piscando, o uso de um tom mais escuro denota uma abordagem mais séria sobre tudo. Usam bem essa estratégia até para disfarçar o CGI do monstro, isso por si só cria um certo mistério sobre sua aparência por conta do mesmo, então o que veio a ser um uso safado se tornou uma técnica que serviu para criar um mistério e misticismo (não é o termo certo mas vou usar) sobre a aparência do monstro, denotando um mistério e importância maior para o demongorgon como monstro, sendo o inimigo principal dessa temporada (que viria a ser substituído depois).

 A trama prende você, você quer saber o que acontece. Os personagens são bem construídos e divertidos aqui, suas mudanças por meio do perigo são evidentes, principalmente os adultos, todo arco da série possui um fim narrativo importante para o núcleo de cada grupo de personagens. E todos eles são interessantes não ficando aquém dos demais. O mistério com base no monstro e a conspiração do governo sobre o acobertamento do desaparecimento do Will torna tudo mais interessante e traz um tom de mistério a mais para tudo, existiu um medo sobre o futuro dos personagens nesse começo, ainda mais com a morte da Barbara (o que viria a ser não mais possível atualmente).

 Então todos são importantes (mesmo que nem tanto) e agem de maneira efetiva no desenrolar das coisas. Ainda temos a redenção de um personagem que devia ser apenas um estereótipo manjado, o romance de Onze e Mike que é bem fofo.


Contras:

  O CGI (ou pelo menos é o que dá a entender com esse medo em mostrar o bonecão de demongorgon) não é dos melhores, a tela piscando cria uma saída safada para isso mas deixa tudo muito escuro e imperceptível (o que se você perceber atualmente, na quinta temporada usam o mesmo recurso só que em menor porcentagem deixando bem perceptível tudo mesmo com as luzes piscando), essa primeira temporada é bem simples e baixo orçamento, eles acabam não ousando demais por conta disso, leve em conta as cena do penhasco ou do uso dos poderes da Onze que são mais simples e pouco ousados.

 Só acabamos tendo um deslumbre da aparência do demongorgon muito no final, antes disso era quase impossível sequer ver ele por conta do escuro. Mas isso não é ruim de fato (como eu disse cria um ar a mais para ele), apenas uma saída estratégica paras suas limitações.

 A necessidade de ter um personagem que desconfia das coisas torna o Lucas, um personagem irritante que quando cumpre sua função na história se torna um personagem de fundo de cenário. Essa função em uma série com pouco tempo de tela só torna suas conclusões precipitadas e aceleradas. O Mike perde sua importância lá pelo final, não digo que queria que ele matasse o monstro são só crianças afinal, mas sua personalidade meio que de líder foi superada pelo Dustin que se tornou a mente imparcial dos garotos. Não falarei do seu romance com Onze pois isso é algo não definido ainda (mas rolou selinho, uh la la), seria injusto.


Consideração a parte: A temporada me passa uma imagem e uma percepção de ser mais simples e pé no chão que as demais tanto que o objetivo final é mais simples e direto, e acaba não exagerando tanto nos perigos e adversidades enfrentados pelos personagens. Incrível pensar que o demongorgon que tem uma importância tão tremenda aqui hoje em dia é peixe pequeno,

 Outros exemplos é que os personagens são mais simples pois, não possuem personalidades e peculiaridades tão exageradas das que conhecemos agora, afinal não foram definidas ainda, então não estranhe ao perceber algo esquisito ao rever, é tudo simples e direto ao ponto, o começo de uma ideia praticamente.


Minha miopia para Stranger things é: Baixo grau (bom).



Comentários

  1. CHRIS VOCÊ É FODA ,li tudo é ficou pica pra krl deve ter dado maior trabalho,tu é foda mlk

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    1. Obrigado companheiro que não vou saber identificar pelo seu nome atual. Realmente deu trabalho, mas o maior desafio foi a procrastinação kkkk.

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